08 abril 2014

A FÉ QUE VAI ALÉM DAS CIRCUNSTÂNCIAS

No livro de Atos dos Apóstolos, no capítulo 16, há um registro de mais uma história de fé e ousadia alicerçadas no verdadeiro chamado de Deus na vida dos seus seguidores. Trata-se da história de como Paulo, em sua 2ª viagem missionária, juntamente com Silas, companheiro de missão, chegaram à cidade de Filipos, capital da província macedônica, pertencente ao império romano. Nesse texto, há toda uma trajetória traçada pelo Espírito Santo. Há, de forma resumida, o registro de como os apóstolos foram impedidos de anunciarem o evangelho na Frígia e na província da Galácia, região pertencente ao continente asiático. Além disso, há a referência de que também foram impedidos de anunciarem o evangelho na Bitínia, e por último, a informação de que passando por Mísia, chegaram a Trôade.

Foi quando chegaram em Trôade, cidade portuária da Mísia, na costa do Mar Egeu, próximo a antiga Troia, atual Turquia, que o apóstolo Paulo, por divina revelação, teve uma visão de um homem, que lhe rogava dizendo: passa à Macedônia, e ajuda-nos. É assim que está escrito: 

E Paulo teve de noite uma visão, em que se apresentou um homem da Macedônia, e lhe rogou, dizendo: Passa à Macedônia, e ajuda-nos.
E, logo depois desta visão, procuramos partir para a Macedônia, concluindo que o Senhor nos chamava para lhes anunciarmos o evangelho.
E, navegando de Trôade, fomos correndo em caminho direito para a Samotrácia e, no dia seguinte, para Neápolis;
E dali para Filipos, que é a primeira cidade desta parte da Macedônia, e é uma colônia; e estivemos alguns dias nesta cidade (Vers. 9-12).

Depois de terem chegado a cidade de Filipos, diz a bíblia que os apóstolos procuraram logo pregar o evangelho. Em um dia de Sábado, fora das portas da cidade, à beira de um rio, estavam algumas mulheres num local que era usado para se fazerem orações. Lucas registra que os apóstolos pregaram a palavra de Deus a essas mulheres. Dentre elas, está uma, chamada por nome de Lídia, que vendia púrpura na cidade de Tiatira. A bíblia diz que “Deus lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia”(Vers. 14).

Até esse momento, a implantação do trabalho na cidade de Filipos acontecia tranquilamente. Todos os dia os apóstolos iam ao local à beira do rio a fim de orarem e pregarem a palavra aos que frequentavam essas orações, e assim davam continuidade a obra de implantação na cidade. Entretanto, algo de inusitado aconteceu. Lucas registra que uma jovem, que tinha um espírito de adivinhação, e que dava muito lucro aos seus senhores, passa diariamente a segui-los. Segundo o escritor, durante muitos dias, a jovem os seguia clamando e dizendo: “Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo” (Vers. 17).

Embora o que estivesse sendo dito, fosse a verdade, mesmo assim, está escrito que o apóstolo Paulo o repreendeu dizendo: “Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E na mesma hora saiu” (Vers. 18). Para o apóstolo, todo espírito maligno causa dor e sofrimento, como também, aprisiona o ser humano. Para ele, mais importante que o lucro que é ganho em cima da miséria alheia, é uma vida livre da influência de satanás. Assim, mais uma vida é alcançada pela operação de Deus.

Mas o que na verdade nos chama mais a atenção são os acontecimentos que passam a ser registrados a partir desses fatos, citados acima. A bíblia diz que depois do episódio da libertação da jovem, uma grande oposição se levanta contra os missionários. Por causa da perda de sua fonte de lucros, os senhores mandam açoitar os apóstolos com varas, lhes rasgando as roupas e lhes dando muitos açoites, e logo em seguida, mandam também entregá-los ao carcereiro para que este os lançasse no cárcere e os guardasse em segurança (Vers. 22,23).

Aqui nesse texto nós temos a verdadeira realidade do que é uma implantação de igreja vista a partir da visão extraída da bíblia sagrada. Primeiramente, a existência da orientação do Espírito Santo, que é soberano na condução dos trabalhos da igreja. Em segundo lugar, a disposição do missionário em aceitar pela fé os desafios ainda desconhecidos. Em terceiro, as dificuldades, que são várias e que aparecem de onde não se esperam. E por último, mas não abrangendo todas as possibilidades, a providência de Deus nas adversidades.

Mesmo depois de estarem bastante feridos, presos num calabouço, com os seus pés amarrados em um tronco e com um carcereiro os vigiando para que, de alguma maneira, não escapassem; ainda assim, diz a palavra, que os mesmos, “por volta da meia noite, oravam e cantavam hinos a Deus; e os outros presos os escutavam” (Vers. 25). Dizendo de outra maneira, as circunstâncias não foram capazes de impedi-los de continuarem na presença do Senhor e muito menos de pregarem o evangelho aos necessitados.

Assim sendo, entendemos que são várias as lições que podemos extrair dessa passagem, principalmente, se estamos dentro desse contexto de tornar conhecido o evangelho de Jesus Cristo aos pecadores que estão a nossa volta. Todavia, queremos considerar por ora apenas uma dessas lições: a de nos manter firmes em nosso chamado, não atentando para as dificuldades que estão diante de nós, ainda que pareçam enormes, pois o Deus que é o dono da obra, providenciará os meios necessários para nos suprir de todas elas (Vers. 26). 


Por: Pastor Magnus
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